quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

A dor do parto é o problema?

Por Renata Olah em 23/06/2010

Hoje, em resposta a uma pessoa que disse que tem medo da dor do parto, redigi um texto sobre isso que quero compartilhar aqui com vocês.....
Deem suas opiniões!!

Você diz que o grande problema do PN é a dor, certo?
Uma dor que não é contínua (e sim cíclica, que vem em ondas, começa devagar, atinge um ápice e depois diminui desaparecendo até o próximo ciclo).
Uma dor que tem hora para começar e hora para acabar.
Uma dor que existe justamente para você saber que algo natural, normal e bonito está acontecendo com você e seu corpo (ou seja, não é uma dor "ruim", dor de doença, de patologia, que você não sabe quando irá acabar)
Uma dor que além de trazer consigo um bebê, te traz também muitas reflexões sobre o passado, presente e futuro. Uma dor que te faz crescer e nascer junto com seu bebê.
Uma dor forte, intensa sim.... como um grande abraço de despedida que seu corpo dá ao seu bebê, afinal depois de 9 meses juntos eles irão se separar para sempre.... e uma separação tão intensa como essa, realmente merece muitos abraços apertados.
Uma dor que te prepara para todo seu futuro, pois superando-a a sensação que fica é a de missão cumprida, de orgulho, de força, de bater no peito e dizer "pqp, eu sou foda mesmo!".... rs.... e acredite, depois disso a mulherada tem a sensação que elas podem tudooo!

Será que essa dor é tão ruim assim?????

Será que é preferível abdicar dessa dor natural para ter uma dor pós-operatória? Uma dor de tecido cortado, mutilado, costurado? Uma dor controlada com analgésicos (que passam para o leite!)? Uma dor que te faz ficar com gases, com medo de tossir, de andar, de erguer o corpo e que muitas vezes, dificulta os cuidados com seu próprio bebê? Uma dor que você não sabe quando vai acabar? E que pode vir acompanhada de várias outras coisinhas como infecção, ponto que abre, etc?

Será que é medo da dor ou medo de si mesma? Medo de seus instintos que você não conhece? Medo do comportamento que vai ter? Medo de gritar, de gemer, de estressar? Medo das dores emocionais que vai causar? Medo do que vão pensar? Ou é medo de falhar?

E porque tanto medo? Porque se importar tanto? Parto não é um momento de se conter, de se fechar e sim de abrir, de gemer, de gritar, de ser você mesma pura e simplesmente. Só você. E não há nenhum mal nisso!!!!

Sabe, minha intenção não é ser xiita, radical, pensar só em PN e blá blá blá..... E sim tentar fazer as mulheres olharem a situação sob outro ponto de vista!!

Nós oferecemos nosso corpo, nossa gestação, nosso parto, nosso filho para a Medicina. Não seria ela que teria que se oferecer para gente? Porque não confiamos mais em nós mesmas, em nosso corpo e nos processos fisiológicos que nos regem há milhares de anos? Porque preferimos aceitar as tecnologias que tentam simular a ação de Deus, que tentam consertar processos que não necessitam de consertos? E porque valorizamos tanto essas tecnologias?

Parir é um processo fisiológico! Como respirar, comer, andar, fazer cocô, fazer sexo............ porque não deixamos os outros interferirem nesses processos, mas deixamos que interfiram no nosso parir?

É realmente algo que temos que pensar!

A dor existe. É fato. Então, deixe ela vir. Consinta e sinta. Se abra. Relaxe! E deixe a natureza agir!!!!

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Seis razões para esperar seis meses para introduzir alimentos


1. O Intestino do bebê precisa estar desenvolvido


Os intestinos são a parte do corpo que filtra, peneirando as substâncias potencialmente perigosas e permitindo os nutrientes saudáveis. Nos primeiros meses, esse sistema de filtração é imaturo. Entre 4-6 meses o revestimento interno do intestino do bebê passa por um processo de desenvolvimento chamado fechamento, onde o revestimento se torna mais seletivo sobre o que pode ou não passar. Para prevenir que comidas potencialmente alergênicas entrem na corrente sanguínea, os intestinos maturando secretam IgA, uma proteína imunoglobulina que age como uma proteção, recobrindo os intestinos e prevenindo a passagem de alérgenos perigosos. Nos primeiros meses, a produção de IgA é baixa (embora tenha muito IgA no leite humano), e é mais fácil assim para que potenciais alérgenos entrem no organismo do bebê. Uma vez que moléculas de comidas entram no sangue, o sistema imune pode produzir anticorpos contra aquela comida, produzindo uma alergia ao alimento. Por volta de 6-7 meses de idade, os intestinos do bebê estão maduros e capazes de filtrar os alérgenos mais ofensivos. Por isso que é tão importante esperar a introdução de alimentos sólidos particularmente se existe uma história de alergia alimentar na família do bebê, o que demonstra uma tendência do bebê desenvolver alergias também, e prestar muita atenção quando oferecer os alimentos aos quais outros membros da família são alérgicos.

2. Bebês jovens tem reflexo de propulsão da língua

Nos primeiros quatro meses a língua tem um reflexo de propulsão para proteger os bebês contra engasgo. Quando qualquer substância incomum é colocada na língua, automaticamente empurra para fora e não para dentro. Entre 4-6 meses de idade esse reflexo diminui gradualmente, dando ao primeiro cereal ou fruta uma chance de entrar no estômago e não ser rejeitado pelo reflexo da língua. Não somente essa parte inicial do trato digestivo (língua, boca) não está pronta para sólidos, como também a parte final (estômago e intestinos) também não estão “prontos”.

3. O mecanismo de engolir do bebê é imaturo

Outra razão para não ter pressa na introdução de alimentos sólidos é que a língua e o mecanismo de engolir podem não estar prontos para funcionar juntos. Dê uma colher de papinha a um bebê com menos de quatro meses, e ele vai mover essa comida ao acaso em sua boca, empurrando um pouco da papinha de volta a faringe onde é engolida, um pouco vai para espaços grandes entre as bochechas e gengivas, um pouco vai pra frente entre lábios e outra para o queixo. Ou seja, o bebê não tem um bom controle da mastigação e a direção para engolir, o que vai ser desenvolvido entre 4-5 meses de idade. Nessa fase o bebe desenvolve a habilidade de mover a comida do começo da boca para o fundo ao invés de deixar a comida flutuar em todo lugar e cuspir boa parte disso. Antes dos quatro meses de idade, o mecanismos de engolir do bebê é feito para trabalhar com sugar, mas não mastigar.


4. Bebês precisam ser capazes de sentar

Nos primeiros meses, os bebês associam comida com carinho. Se alimentar é uma interação íntima, e bebês frequentemente associam o ritual de comer com pegar no sono nos braços ou no peito da mãe. A mudança de um peito suave e morno para uma colher fria, dura, pode não ser bem vinda com uma boca aberta. Dar papinhas ao bebê é uma maneira mais mecânica e menos íntima de “entregar” comida. Requer que o bebê sente num cadeirão de comer, uma habilidade que a maioria dos bebês desenvolvem por volta de 5-7 meses. Segurar um bebê na posição tradicional de mamar não é a melhor maneira de introduzir papinhas, porque seu bebê vai achar que vai ser amamentado e vai achar que algo estar errado e vai provavelmente rejeitar a comida.

5. Bebês novos não são capazes de mastigar

Dentes raramente aparecem antes de 6-7 meses, outra evidência forte de que os bebês muito novinhos são designados para sugar e não mastigar. Nos estágios pré-dentes, entre 4-6 meses, bebês tendem a babar, e a saliva que ele baba é rica em enzimas, que ajudarão a digerir as comidas sólidas que virão em breve.

6. Bebês com mais de seis meses gostam de imitar pais ou quem cuida deles:

Por volta dos 6 meses de idade, bebês gostam de imitar o que vêem. Eles vêem você comer um legume e curtir mastigar isso. Eles querem pegar um garfo e fazer o mesmo.

Por Andreia Mortensen
Moderadora do GVA – Orkut/Facebook

terça-feira, 27 de setembro de 2011

5 meses de Rosa: Coisas que aprendi com minha filha

Nestes 5 meses que Rosa está do lado de fora da barriga tenho aprendido muitas coisas com ela, coisas que julgava impossível de aprender:                              
1 – Eu posso fazer quase tudo com apenas um braço: Quando se tem uma filha pequena muitas vezes é preciso fazer coisas com ela no braço e incrivelmente consigo realizar várias tarefas usando apenas um braço.                                                   

2 – Eu aprendi a arte do Ninjitsu: De duas formas diferentes eu aprendi a ser ninja seja quando ela está dormindo e tenho que arrumar um quarto (ou algo semelhante) no mais absoluto silêncio ou ainda quando estou realizando as tarefas do item 1 sem esbarrar em nada e sem machucar a cria, é uma agilidade fora do normal que você perde tão logo ela sai do seu colo.

3 – Cocô (da sua filha) passa a ser algo normal: Qualquer nojo que você tenha será perdido quando você 
precisar lavar fraldas e roupas com cocô.

4 – Rosa ama fazer cocô em fraldas de pano: Não sei ainda ao certo o motivo (acho que é a lei de Murphy paterna) mas Rosa acorda com fralda descartável, porém basta você trocar a fralda por uma de pano vem o cocô e não importa o que você faça, você pode trocar uma descartável por outra ela vai segurar até o momento de estar com uma fralda de pano.
5 – Ganhei ouvidos super apurados: Eu posso estar no meio de um show de Heavy Metal mas se Rosa estiver no raio de 1 km e der uma choramingada eu vou ouvir e instintivamente correr pra ver o que está acontecendo, em geral ela está sorrindo e/ou tentando chupar o dedão do pé.

6 – Um sorriso muda meu humor imediatamente: Tudo que me deixaria de mau humor é minimizado por um sorriso de Rosa, dia de trabalho estressante, derrota do Vasco, topada, chute no saco... tudo é esquecido com um simples sorriso banguela de Rosa.

7 – Virei repentista: Para fazê-la dormir ou simplesmente agradá-la em um momento de choro tudo virou motivo de música, do cotidiano ao pato de borracha tudo agora é musicável. Já criei um refrão para dormir (as estrofes invento na hora) e uma musiquinha pra quando ela tá estressadinha (geralmente por saudade da mãe).

Aprendi muita coisa com minha pequena filha, sobretudo que a felicidade é algo muito simples e que tudo se resolve com um sorriso e um chamego.

segunda-feira, 11 de julho de 2011

O site Mamíferas está no ar!!

Leio diariamente as postagens contidas no Blog Mamíferas e recomendo para quem se interessa pelo mundo da maternidade. O blog contribui muito para tirar dúvidas e guiar meu caminho desde que soube que estava esperando a minha florzinha com muito amor e carinho.

Contém muitas informações que nos ajuda trilhar esse maravilhoso caminho do mundo materno.

Leiam mais nesse post, além de acessar o site http://www.mamiferas.com/

quarta-feira, 22 de junho de 2011

Se você quer um motivo para dar o peito, nós damos dez




































Excelente alimento desde os primeiros dias de vida, o leite materno contém vitaminas, minerais, gorduras, açúcares e proteínas que são apropriados para o organismo do bebê. Além de possuir muitas substâncias nutritivas, também é uma ótima fonte de defesa, o que dificilmente é encontrado em outros tipos de leite. A Organização Mundial da Saúde recomenda que a criança seja amamentada até o sexto mês exclusivamente.

O leite materno é adequado, completo, equilibrado e fundamental para o bebê. Por esses motivos, a amamentação deve ser estimulada desde/já no o ambiente hospitalar e a enfermeira obstetra tem um papel importante para disseminar a maneira correta do aleitamento materno nas primeiras horas de vida da criança.

As orientações oferecidas às mamães proporcionam uma amamentação bem-sucedida e possibilitam o esclarecimento de dúvidas persistentes durante toda a gestação, eliminando assim alguns mitos. O resultado é bastante positivo e significativo, pois as mulheres dão continuidade a essa prática em casa.

A amamentação traz diversos benefícios ao bebê por facilitar a digestão, o funcionamento de seu intestino e melhora o desenvolvimento neuropsicomotor e social da criança. Além disso, minimiza problemas ortodônticos e fonoaudiológicos associados ao uso de mamadeiras e chupetas.

Essa prática também faz bem à saúde da mãe, proporcionando a diminuição do sangramento vaginal no pós-parto e da ocorrência do desenvolvimento de câncer de mama e ovário, além de favorecer a involução uterina e a perda de peso materno, e as chances de depressão pós-parto são bem menores.

No período da gestação, as mamas são preparadas para produzir o leite devido aos hormônios estimulados pela futura mamãe e, após o nascimento, o próprio bebê dá continuidade na produção por meio da sucção correta. Porém, existem alguns fatores que podem diminuir a quantidade de leite, como a amamentação incorreta; imposição de horários rígidos, desrespeitando o ritmo do bebê; uso de complementos como água, chás, outros tipos de leite, bicos ou mamadeiras; tensão emocional e cansaço.

Para o bem-estar da mamãe e do bebê, veja abaixo como amamentar corretamente. As dicas foram preparadas especialmente para as gestantes de primeira viagem:

1 - A amamentação na primeira hora de vida deve ser aplicada;

2 - As mãos devem ser lavadas com água e sabão antes de amamentar;

3 - O local de amamentação deve ser tranquilo e confortável;

4 - Analisar antes da amamentação a flexibilidade mamilo-aréola, realizando ordenha, se necessário, até ficarem macios e flexíveis e o leite sair;

5 - No início da mamada, para auxiliar a pegada do recém-nascido na mama, a mão pode estar aberta em forma de Tesoura (indicador acima da aréola e dedo médio abaixo) ou de Concha (polegar acima da aréola e indicador abaixo da aréola como um C);

6 - A postura da mãe e do bebê deve estar adequada;

7 - O bebê deve abocanhar o mamilo e a maior parte da aréola. Para facilitar, pode estimular o reflexo de mamada encostando o mamilo nos cantos da boca ou no lábio inferior dele. A maior parte ou toda a aréola deve estar na boca do bebê;

8 - O bebê deve estar com a posição da boca correta em relação ao mamilo e à mama. A boca deve estar bem aberta, com os lábios evertidos;

9 - O rosto do bebê deve estar próximo à mama, com o queixo encostado e o nariz afastado;

10 - O fim da mamada acontece com a solta espontânea do bebê;

11 - Ao término da amamentação, a fim de evitar broncoaspiração, é recomendável posicionar o bebê para favorecer a eructação. Ele deve ser colocado em pé com a cabeça apoiada no colo ou no ombro da mãe;

12 - Ao retirar o bebê do peito, o mamilo deve ter a mesma aparência que apresentava no início da mamada, só um pouco mais longo;

13 - É recomendável antes e depois da amamentação aplicar o próprio leite nos mamilos;

14 - As mamas devem ser lavadas durante o banho.

Fonte: Daniela Vieira de LIma/Uol
http://www.expressomt.com.br/noticiaBusca.asp?cod=130386&codDep=3

sábado, 28 de maio de 2011

Viva a tecnologia desnecessária

Por Kalu
A gente engravida. Para quê parir e estragar o corpo? O produto conceptual está pronto em 36 semanas. Unha feita, escova no cabelo, equipe de filmagem. Em 20 minutos nasce um bebê. Uma mãe? Talvez não ainda. Não houve dor, nem contração. O beijinho na mamãe. Nossa é tão bonitinho mas já se foi.
No quarto uma televisão para ver o bebê enquanto a mãe descansa. A anestesia faz efeito, às vezes coça, às vezes dá dor de cabeça. Mas passa. Hoje a pele é colada e não costurada. Chega o bebezinho, dormindo. Lá no berçário deram NAN para a mãe descansar mais um pouquinho.
O bebê não pega o peito. Ele chora, vira de lado. A enfermeira informa sobre a importância da amamentação. Mas ela, mulher moderna, acredita no poder da tecnologia. “Esse papo de aleitamento é coisa para gente pobre que não tem dinheiro para comprar NAN”. Ela compra o leite mais caro do mercado, a mamadeira que imita o peito. Agora ouviu falar do leite encapsulado. Que maravilha! É o fim da escravidão da amamentação.
Tão logo ela pode sair, ir as festas, voltar a academia. Ter vida ativa. Não é do tipo apegada a cria. Os filhos são do mundo, como ela mesma foi.
Começa a introdução de comidinhas com 4 meses. Nada melhor que a papinha. Afinal a multinacional esteve presente no início da vida porque não dar prosseguimento ao enqriquecimento dos bolsos alheios?
Chega a hora de comer comida sólida. Nossa, meu filho não gosta de legumes e frutas. Tudo bem, o achocolatado  tem todas as vitaminas que ele precisa e ainda é gostoso. Para que insistir se ele não gosta? Está tudo empozado.
Essa vida moderna é engraçada. Como é que tem gente que paga caro para ter filho em casa? Que amamenta um filho com mais de 2 anos? Como é que tem gente que não acredita na tecnologia a serviço do homem?
A humanidade chegou até aqui e se desenvolveu graças à força da natureza, aos partos naturais, ao leite do peito, a comida natural. Será que ninguém pensa que por trás deste pensamento tecnológico  existem empresas lucrando com os medicamentos da cesárea, da UTI neonatal, com o leite artificial e os complementos desnecessários? Até quando vamos engolir ser bonecos cujos títeres são as grandes corporações? Acorde! A humanidade e a natureza precisam de consciência.

segunda-feira, 9 de maio de 2011

Nosso primeiro dia das mães


Foto que está no Porta Retrato da Vovó Rosa

Rosa está com 3 semanas de vida e já deu presente de dia das mães para as avós e para a mamãe Joana. Como ela é um pequenina e ainda não consegue lidar com dinheiro ela incubiu este pai que vos escreve da tarefa a ser feita na manhã de sábado, véspera do dia das mães.

Eu como filho quase sempre dei presentes escrotos de mal gosto para minha mãe, seja no dia das mãe seja no seu aniversário. Essa insensibilidade se dava pela falta de grana aliada a falta de criatividade e de uma mente cartesiana que sempre pensava que presente deve ser algo útil às pessoas descartando o valor sentimental. Só que agora eu sou pai e comprando um presente de dia das mães em nome da minha pequena Rosa, não rolava mais comprar um kit de potes pra conservar alimentos.

Massa, superei a mania de dar presentes que eram pra casa e não pra mãe, como um microonda que demos (eu, meu pai e meu irmão) de presente de aniversário pra minha mãe, mas a outra condição é mais tensa de mudar, a questão financeira, afinal não se dá um presente, ou melhor, três sem o bom e  velho "faz-me rir" e eu tô completamente sem grana, e então, o que fazer??

O primeiro passo foi ir ao supermercado ver se achava alguma coisa interessante e barata, resultado? não achei nem uma coisa e nem outra, o mais próximo disso foi uma toalha de rosto meio breguinha com uma frase lugar comum sobre a maternidade.Quando já estava me dirigindo a seção de chocolates, pois são os presentes coringa a se dar para mulheres, lembrei de um fato óbvio, qual o maior presente que as avós e a mamãe receberam? Rosa! Começava a achar a resposta para um presente bacana e barato.

Foto que está no Porta Retrato da Mamãe Joana
Partindo dessa premissa decidi dar porta retratos com a foto da presenteada com o seu grande presente no colo e como eu sou um pais preparado estava com meu pen-drive recheado de fotos de Rosa.
Fui ao centro encomendar a revelação das fotos e enquanto as mesmas ficavam prontas fui às lojas barateiras populares comprar as outras coisas, porta retrato, embalagem, cartão e um bombom pra acompanhar, afinal sempre tem que ter um chocolatezinho.

Depois de tudo pronto, atochei arrumei as coisas na mochila e parti em direção a Pedra Mole ver minha filha e esposa depois de uma longa semana longe delas. Cheguei em Pedra Mole e deixei a mochila arrumada num canto não muito secreto para não levantar suspeitas.  Quando chegou mais uma visita pra Rosa, usei a velha tática "vou ao banheiro" e finalmente consegui arrumar os presentes com suas respectivas caixas e cartões.

No domingo, juntamente com Rosa, dei os presentes às mamães e elas se amarraram, afinal elas ainda não tinham uma foto da pequena Rosa para decorar e iluminar suas casas. Foi massa dar um presente legal e não deixar passar em branco o primeiro dia das mãe de Rosa e Joana.

Às mamães que visitam esse blog, beijos e feliz dia das mães atrasado.

Foto que está no Porta Retrato da Vovó Silvia

domingo, 24 de abril de 2011

Ela chegou!!!!

No intervalo das contrações
O post anterior foi escrito na madrugada do dia 14 de abril, quando eu e Mike estávamos sentindo que o momento especial da chegada da nossa flor se aproximava. Sentíamos do fundo do coração uma sensação de chegada e que o momento mais emocionante de nossas vidas se aproximava.
Não é que horas mais tarde, às 5:40h do mesmo dia, acordei com contrações de trabalho de parto que já eram de 5 em 5 minutos e logo no final da manhã do dia 14 já estavam de 3 em 3 minutos e daí caminhou para o nascimento de Rosa na madrugada do dia 15 de abril, exatamente às 3:22h.

Foi um longo processo o nascimento de nossa menina, justamente como queríamos, sem intervenções, acontecendo de forma natural e no ritmo do nosso corpo, sem que ninguém apressasse essa passagem tão única que é o nascimento.
Mando algumas fotos das primeiras horas da minha flor e em breve escrevo meu relato de parto para contribuir com outras mães que queiram um parto normal humanizado.
Apoiando na hora das contrações
Doula Raquel 
Juntos

Vovó Rosa e Rosa

quinta-feira, 14 de abril de 2011

Ela vem chegando...

Filha meu tempo tá tão curto pra postar aqui no blog mas não paro de pensar em você e agora me veio essa música na cabeça, acho que do Simonal, e que sempre ouvi na voz da Elis. Lembra dela? Mamãe já pôs você pra ouvi-la.
O nome da música é Zazueira!!


Ela vem chegando
E feliz vou esperando
A espera é difícil
Mas eu espero sambando
 
Menina bonita com céu azul
Ela é uma beleza
Menina bonita, você é demais
A alegria da minha tristeza

Zazueira
Zazueira...

Ela vem chegando
E feliz vou esperando
A espera é difícil
Mas eu espero sambando
 
Uma flor é uma rosa
Uma rosa é uma flor
É um amor essa menina
Essa menina é o meu amor

Zazueira
Zazueira...

Zazueira
Zazueira...

terça-feira, 12 de abril de 2011

Decisão da USP Leste foi vitória do movimento estudantil

Diante do risco do fechamento de vagas, alunos se organizaram rápido, protestaram, procuraram autoridades e conseguiram mantê-las

É hora de comemorar. A organização dos alunos da Escola de Artes Ciências e Humanidades da Universidade de São Paulo (Each/USP Leste) depois do vazamento do relatório que aconselhava que a unidade cortasse 330 vagas de seus 10 cursos fez com que a idéia fosse deixada de lado pelo menos no próximo vestibular.

A USP sempre teve muita dificuldade para entender o significado de publicidade, um dos princípios que devem reger a administração pública, conforme prevê a nossa Constituição. Para a USP, ou ao menos para a sua reitoria, publicidade é informar a sociedade depois que as ações já estão efetivadas. Filio-me à visão de publicidade de Chico de Oliveira. Para o sociólogo, “dar publicidade” é tornar cada ato do governo o mais público possível. Isto inclui maximizar a possibilidade de participação do público (da sociedade).
Para maximizar a possibilidade de participação da sociedade, por exemplo, nas decisões da USP, é necessário que a sociedade saiba o que acontece em todas as fases de seus processos de decisão. A participação da sociedade é quase nula na USP. E sua reitoria acredita, realmente, que seus assuntos são internos, que não devem ser expostos ao povo, e menos ainda discutidos por ele.
O relatório Melphi, que propunha os cortes de vagas, vazou e chegou à sociedade através da equipe do IG Educação. Desde o primeiro momento, os dirigentes da USP insistiram que se tratava de assunto interno, como se a imprensa tivesse cometendo um crime em colocá-lo na pauta pública. Não estranho, o clima de medo entre professores e funcionários da Each/USP, muitos desinformados sobre o assunto.
Conversamos com alguns sobre o assunto e percebemos que a administração do diretor da Each (USP Leste) tensionava o clima e inibia a participação. Chegou-se ao ridículo de propor processos administrativos para militantes estudantis por causa de festas com cerveja. Claramente, desloca as discussões centrais, acua a crítica, esconde o dissenso e joga para a platéia.
Mesmo assim, tamanho era o absurdo do relatório, que sua comunidade de alunos não tolerou. Desde a publicação da notícia, ela fez de tudo para impedir que seu conteúdo se tornasse realidade. Os alunos fizeram manifestações, procuraram deputados, escreveram artigos, promoveram debates, criaram páginas na internet, propuseram soluções e chegaram até o governador do Estado.
O sucesso nas lutas estudantis não são frequentes. Em geral, são conquistadas em um espaço de tempo longo, sobretudo para uma geração que está em contato com a velocidade da Internet e das redes sociais. Por causa disto, muitos fogem da militância, não vendo nela nenhuma utilidade prática. Neste caso, tudo foi diferente. A rapidez dos alunos fez com que a questão fosse resolvida enquanto ainda era assunto da imprensa. E as ações, rápidas e em rede, fizeram com que o assunto se mantivesse na imprensa mais do que o tempo "útil" de uma notícia.
A melhor classificação para o movimento talvez seja a de um dirigente da USP que esteve na Assembléia Legislativa para tentar explicar o inexplicável. Foi um "Tsunami", de força avassaladora, que mesmo João Grandino Rodas, o reitor mais polêmico e com o projeto mais excludente que esta universidade teve nos últimos tempos, não teve coragem de enfrentá-lo.
Fica, a cada aluno que se mobilizou para impedir o corte de vagas e o fechamento de turmas, o reconhecimento e o sentimento de gratidão de parte da sociedade paulista. Aos que choraram assim que receberam a notícia de que seu curso seria fechado, e ligaram para pais, amigos e familiares, aos que procuraram as autoridades políticas, aos que forçaram o diálogo com a unidade e com universidade, aos que protestaram, aos que criaram e difundiram páginas e listas de assinaturas na Internet e aos que fincaram os pés na Comissão de Graduação, esta, cheia de insinuações de que a decisão deveria ser técnica e de que os alunos não deveriam "meter o bedelho".
A ação destes alunos da USP garantiu que alguns milhares de estudantes possam cursar a USP Leste nos próximos anos. Se ela impedir que o Rodas continue com sua política de acabar com os cursos de menor demanda, garantiu o futuro de dezenas de milhares. E se - tomara que sim - sensibilizou o governador para a necessidade de implantar uma política que amplie vagas nas três universidades estaduais, no mínimo na mesma proporção que cresce seus orçamentos, terá beneficiado centenas de milhares só nos próximos quinze anos. Vitoria! Vitoria!! Vitoria!!!

Asistam a esse vídeo

quinta-feira, 7 de abril de 2011

Não à banalização da cesárea

O que se pretende é respeitar o ritmo natural e o nascimento

Elas estão operando uma verdadeira revolução silenciosa e resgatando sensações, sentimentos e nuances quase esquecidos em um mundo em que a tecnologia e as relações impessoais estão prevalecendo.

No Brasil, são mais de 200 mulheres voluntárias espalhadas em 21 Estados mais o Distrito Federal, trabalhando diariamente pela internet desde 2006. Uma malha virtual (website, blog e lista de discussão) que vai atraindo adeptas pela melhoria das condições de atendimento ao parto no país.

Estamos falando da rede Parto do Princípio - Mulheres em Rede pela Maternidade Ativa. Na verdade, uma lista de discussão em que as participantes se comunicam, articulam demandas e se dividem em múltiplas ações planejadas que buscam dar visibilidade a um trabalho de delicadeza com a maternidade.

Segundo Pollyana do Amaral Ferreira, membro da rede, o propósito é o resgate do parto humanizado, ativo, do protagonismo da mulher nesse processo e lutar contra a banalização da cesárea.

"Entendemos o parto como evento sexual, feminino, cultural e fisiológico, e a mulher, como sujeito ativo e central desse processo. A mulher deve ser informada antes e durante o nascimento do filho dos prós e contras de cada escolha e decidir, juntamente com a equipe de assistência, por uma experiência feliz, saudável e segura para ela e seu bebê que chega ao mundo trazendo emoções repletas de significado".

Para a jornalista Daniela Buono, a ciência está reconhecendo que, embora os avanços tecnológicos e a institucionalização do parto tenham proporcionado maior controle dos riscos materno-fetais, houve incorporação de muitas intervenções desnecessárias. "É preciso re-significar o nascimento e mudar a cultura do parto porque há muita violência imposta à gestante. É preciso respeitar o ritmo natural e o simbolismo transformador do nascimento".

A Organização Mundial de Saúde (OMS) recomenda que o alívio da dor do trabalho de parto deve ser feito por meios não invasivos e não farmacológicos, como massagens e técnicas de relaxamento.

Mas não é o que vem acontecendo. "Mesmo quando se faz um parto normal são utilizados procedimentos de rotina e interferências obstétricas desnecessárias. Elas inibem o desencadeamento natural dos mecanismos fisiológicos de parto e ele passa a ser sinônimo de patologia e de intervenção médica", comenta a jornalista.

Por isso, muitas mulheres acabam acreditando que a cesárea é a melhor forma de dar à luz. "Elas veem nela a possibilidade de um parto sem medo e sem dor, mas a cesárea é uma cirurgia de grande porte que deveria ser utilizada apenas em caso de emergência, para salvar a vida da mãe ou do bebê. A possibilidade de um parto normal deixou de ser prática, mesmo quando essa é a expectativa da mulher", pontua Daniela.




Renata Penna, atriz, escritora e tradutora, explica que a rede Parto do Princípio reúne mulheres que encaram a gestação, o parto e a amamentação como processos naturais, fisiológicos, instintivos, carregados de significado e beleza, e nos quais a mulher pode e deve assumir seu papel de protagonista.

A proposta da rede é oferecer apoio não apenas emocional, mas também prático para que as grávidas possam descobrir a infinidade de possibilidades que a maternidade ativa oferece àquelas que desejam tomar em suas mãos as rédeas de sua vida.

"É preciso, antes de tudo, que cada mulher encontre dentro de si a força e a possibilidade da mudança. E é este que pensamos ser nosso papel: estender a mão a cada mulher que deseje vivenciar sua gravidez ativa e conscientemente e parir de forma natural e transformadora", explica Renata.

Ela ressalta que os ideais e valores que movem a entidade não se baseiam apenas em verdades ou crenças pessoais, mas em evidências científicas, parâmetros médicos e diretrizes determinadas por organismos de credibilidade mundial como a OMS.

Além disso, a essência do trabalho da rede é afetiva. "Deixamos que falem mais alto nossos corações de mulher, gestante e mãe. A nossa bandeira é uma nova forma de gestar, parir e maternar. Partimos do princípio de que toda mulher pode e tem em si a força para fazer sua revolução particular por uma nova forma de nascer e por uma nova maternidade", defende Renata. (AED)

sábado, 2 de abril de 2011

Eu queria ser Obstetriz!!!

por Eleonora Moraes (Doula e mãe de 3 filhos em Ribeirão Preto-SP)


Minha maior verdade hoje é que eu queria ser obstetriz. 
Eu queria ser obstetriz porque minha alma é de obstetriz. 
Minhas mãos são de obstetriz, meu cérebro e coração são de uma obstetriz.
Eu queria ser obstetriz porque eu acredito na capacidade das mulheres de gestar, parir e amamentar com segurança os seus rebentos. 
Eu acredito que obstetrícia veio do obstare, do estar ao lado, da arte do acompanhar, acreditar, cuidar e amparar para que a mulher possa florir seu filho com naturalidade e sabedoria. 
Eu acredito na ciência, na medicina baseada em evidências, em métodos não farmacológicos e apoio humano para ajudar mulheres em seus partos. 

Eu acredito que médicos e enfermeiras são plenamente habilitados para atender as gestações de risco e partos com complicações, porque sim, eles existem.

Eu queria ser obstetriz porque não existem profissionais do parto em minha cidade que sejam parceiros das escolhas das mulheres em seu direito de parir em paz. 

Eu preciso ser um deles!
Eu queria ser obstetriz. E não médica obstetra. 
Não queria ser capacitada para atender gestações de risco, pré-eclampsias, cesáreas, partos de risco, prematuridade. 
Não queria ter minha alma invadida por possíveis complicações e prováveis adoecimentos para aplicar o que sei e conheci na faculdade, para reeducar minhas mãos com força a não intervir sem necessidade.
Eu queria ser obstetriz. E não enfermeira obstérica. 
Porque afinal eu tenho que saber toda enfermagem, oncologia, nefrologias, patologias? 

Porque tenho que saber intervenções milhares para simplesmente me ser legalmente permitido atender gestantes saudáveis, partos normais de baixo risco e oferecer acompanhamento no puerpério de mulheres e bebês saudáveis?

Eu queria ser obstetriz.

Mas no meu país o nascimento humano é tratado como doença e a medicina acredita que parto é um ato médico e a imensa maioria de enfermeiras obstétricas reza esta mesma bíblia. 

No meu país o normal é ter cesáreas e, aliás, somos campeões mundiais nesta modalidade.

Eu queria ser obstetriz.
Mas não o posso ser, porque na minha cidade e em toda região não tem um curso de obstetrícia.

Eu queria ser obstetriz.
Mas talvez nunca o possa ser porque no meu país querem fechar o único curso que existe.

Eu queria ser obstetriz.
E queria que no meu país tivessem muitas obstetrizes, assim como elas existem e fazem imensa diferença na saúde da mulher em inúmeros países deste mundo.

Eu digo NÃO em letras garrafais AO FECHAMENTO DO NOSSO ÚNICO CURSO DE OBSTETRÍCIA da USP – Leste. 

Diga NÃO também! 
Levam só dois minutos para assinar a petição abaixo. 
Faça sua parte.

Manifestação contra o fechamento do Curso de Obstetrícia da USP
São Paulo, 26 de março 2011




















Para assinar a petição: clique em
http://www.abaixoassinado.org/abaixoassinados/8452
Basta nome e RG, mas você também pode deixar uma mensagem de apoio. Não precisa preencher os outros dados.
Assinaturas já recolhidas (8739 na última visita):
http://www.abaixoassinado.org/assinaturas/abaixoassinado/8452/?show=500

Vídeo da Manifestação de apoio ao curso de obstetrícia da USP:
http://www.youtube.com/watch?v=-lq3BqQ6DT0

Reportagem no blog da fotógrafa Bia Fioretti:
http://maesdapatria.wordpress.com/2011/03/27/forca
-obstetriz-uma-essencia-da-profissao/

Grupo de Apoio no Facebook:
http://www.facebook.com/home.php?sk=group_149118918485370

Blog Obstetrizes Já:

http://obstetrizesja.blogspot.com/