domingo, 24 de abril de 2011

Ela chegou!!!!

No intervalo das contrações
O post anterior foi escrito na madrugada do dia 14 de abril, quando eu e Mike estávamos sentindo que o momento especial da chegada da nossa flor se aproximava. Sentíamos do fundo do coração uma sensação de chegada e que o momento mais emocionante de nossas vidas se aproximava.
Não é que horas mais tarde, às 5:40h do mesmo dia, acordei com contrações de trabalho de parto que já eram de 5 em 5 minutos e logo no final da manhã do dia 14 já estavam de 3 em 3 minutos e daí caminhou para o nascimento de Rosa na madrugada do dia 15 de abril, exatamente às 3:22h.

Foi um longo processo o nascimento de nossa menina, justamente como queríamos, sem intervenções, acontecendo de forma natural e no ritmo do nosso corpo, sem que ninguém apressasse essa passagem tão única que é o nascimento.
Mando algumas fotos das primeiras horas da minha flor e em breve escrevo meu relato de parto para contribuir com outras mães que queiram um parto normal humanizado.
Apoiando na hora das contrações
Doula Raquel 
Juntos

Vovó Rosa e Rosa

quinta-feira, 14 de abril de 2011

Ela vem chegando...

Filha meu tempo tá tão curto pra postar aqui no blog mas não paro de pensar em você e agora me veio essa música na cabeça, acho que do Simonal, e que sempre ouvi na voz da Elis. Lembra dela? Mamãe já pôs você pra ouvi-la.
O nome da música é Zazueira!!


Ela vem chegando
E feliz vou esperando
A espera é difícil
Mas eu espero sambando
 
Menina bonita com céu azul
Ela é uma beleza
Menina bonita, você é demais
A alegria da minha tristeza

Zazueira
Zazueira...

Ela vem chegando
E feliz vou esperando
A espera é difícil
Mas eu espero sambando
 
Uma flor é uma rosa
Uma rosa é uma flor
É um amor essa menina
Essa menina é o meu amor

Zazueira
Zazueira...

Zazueira
Zazueira...

terça-feira, 12 de abril de 2011

Decisão da USP Leste foi vitória do movimento estudantil

Diante do risco do fechamento de vagas, alunos se organizaram rápido, protestaram, procuraram autoridades e conseguiram mantê-las

É hora de comemorar. A organização dos alunos da Escola de Artes Ciências e Humanidades da Universidade de São Paulo (Each/USP Leste) depois do vazamento do relatório que aconselhava que a unidade cortasse 330 vagas de seus 10 cursos fez com que a idéia fosse deixada de lado pelo menos no próximo vestibular.

A USP sempre teve muita dificuldade para entender o significado de publicidade, um dos princípios que devem reger a administração pública, conforme prevê a nossa Constituição. Para a USP, ou ao menos para a sua reitoria, publicidade é informar a sociedade depois que as ações já estão efetivadas. Filio-me à visão de publicidade de Chico de Oliveira. Para o sociólogo, “dar publicidade” é tornar cada ato do governo o mais público possível. Isto inclui maximizar a possibilidade de participação do público (da sociedade).
Para maximizar a possibilidade de participação da sociedade, por exemplo, nas decisões da USP, é necessário que a sociedade saiba o que acontece em todas as fases de seus processos de decisão. A participação da sociedade é quase nula na USP. E sua reitoria acredita, realmente, que seus assuntos são internos, que não devem ser expostos ao povo, e menos ainda discutidos por ele.
O relatório Melphi, que propunha os cortes de vagas, vazou e chegou à sociedade através da equipe do IG Educação. Desde o primeiro momento, os dirigentes da USP insistiram que se tratava de assunto interno, como se a imprensa tivesse cometendo um crime em colocá-lo na pauta pública. Não estranho, o clima de medo entre professores e funcionários da Each/USP, muitos desinformados sobre o assunto.
Conversamos com alguns sobre o assunto e percebemos que a administração do diretor da Each (USP Leste) tensionava o clima e inibia a participação. Chegou-se ao ridículo de propor processos administrativos para militantes estudantis por causa de festas com cerveja. Claramente, desloca as discussões centrais, acua a crítica, esconde o dissenso e joga para a platéia.
Mesmo assim, tamanho era o absurdo do relatório, que sua comunidade de alunos não tolerou. Desde a publicação da notícia, ela fez de tudo para impedir que seu conteúdo se tornasse realidade. Os alunos fizeram manifestações, procuraram deputados, escreveram artigos, promoveram debates, criaram páginas na internet, propuseram soluções e chegaram até o governador do Estado.
O sucesso nas lutas estudantis não são frequentes. Em geral, são conquistadas em um espaço de tempo longo, sobretudo para uma geração que está em contato com a velocidade da Internet e das redes sociais. Por causa disto, muitos fogem da militância, não vendo nela nenhuma utilidade prática. Neste caso, tudo foi diferente. A rapidez dos alunos fez com que a questão fosse resolvida enquanto ainda era assunto da imprensa. E as ações, rápidas e em rede, fizeram com que o assunto se mantivesse na imprensa mais do que o tempo "útil" de uma notícia.
A melhor classificação para o movimento talvez seja a de um dirigente da USP que esteve na Assembléia Legislativa para tentar explicar o inexplicável. Foi um "Tsunami", de força avassaladora, que mesmo João Grandino Rodas, o reitor mais polêmico e com o projeto mais excludente que esta universidade teve nos últimos tempos, não teve coragem de enfrentá-lo.
Fica, a cada aluno que se mobilizou para impedir o corte de vagas e o fechamento de turmas, o reconhecimento e o sentimento de gratidão de parte da sociedade paulista. Aos que choraram assim que receberam a notícia de que seu curso seria fechado, e ligaram para pais, amigos e familiares, aos que procuraram as autoridades políticas, aos que forçaram o diálogo com a unidade e com universidade, aos que protestaram, aos que criaram e difundiram páginas e listas de assinaturas na Internet e aos que fincaram os pés na Comissão de Graduação, esta, cheia de insinuações de que a decisão deveria ser técnica e de que os alunos não deveriam "meter o bedelho".
A ação destes alunos da USP garantiu que alguns milhares de estudantes possam cursar a USP Leste nos próximos anos. Se ela impedir que o Rodas continue com sua política de acabar com os cursos de menor demanda, garantiu o futuro de dezenas de milhares. E se - tomara que sim - sensibilizou o governador para a necessidade de implantar uma política que amplie vagas nas três universidades estaduais, no mínimo na mesma proporção que cresce seus orçamentos, terá beneficiado centenas de milhares só nos próximos quinze anos. Vitoria! Vitoria!! Vitoria!!!

Asistam a esse vídeo

quinta-feira, 7 de abril de 2011

Não à banalização da cesárea

O que se pretende é respeitar o ritmo natural e o nascimento

Elas estão operando uma verdadeira revolução silenciosa e resgatando sensações, sentimentos e nuances quase esquecidos em um mundo em que a tecnologia e as relações impessoais estão prevalecendo.

No Brasil, são mais de 200 mulheres voluntárias espalhadas em 21 Estados mais o Distrito Federal, trabalhando diariamente pela internet desde 2006. Uma malha virtual (website, blog e lista de discussão) que vai atraindo adeptas pela melhoria das condições de atendimento ao parto no país.

Estamos falando da rede Parto do Princípio - Mulheres em Rede pela Maternidade Ativa. Na verdade, uma lista de discussão em que as participantes se comunicam, articulam demandas e se dividem em múltiplas ações planejadas que buscam dar visibilidade a um trabalho de delicadeza com a maternidade.

Segundo Pollyana do Amaral Ferreira, membro da rede, o propósito é o resgate do parto humanizado, ativo, do protagonismo da mulher nesse processo e lutar contra a banalização da cesárea.

"Entendemos o parto como evento sexual, feminino, cultural e fisiológico, e a mulher, como sujeito ativo e central desse processo. A mulher deve ser informada antes e durante o nascimento do filho dos prós e contras de cada escolha e decidir, juntamente com a equipe de assistência, por uma experiência feliz, saudável e segura para ela e seu bebê que chega ao mundo trazendo emoções repletas de significado".

Para a jornalista Daniela Buono, a ciência está reconhecendo que, embora os avanços tecnológicos e a institucionalização do parto tenham proporcionado maior controle dos riscos materno-fetais, houve incorporação de muitas intervenções desnecessárias. "É preciso re-significar o nascimento e mudar a cultura do parto porque há muita violência imposta à gestante. É preciso respeitar o ritmo natural e o simbolismo transformador do nascimento".

A Organização Mundial de Saúde (OMS) recomenda que o alívio da dor do trabalho de parto deve ser feito por meios não invasivos e não farmacológicos, como massagens e técnicas de relaxamento.

Mas não é o que vem acontecendo. "Mesmo quando se faz um parto normal são utilizados procedimentos de rotina e interferências obstétricas desnecessárias. Elas inibem o desencadeamento natural dos mecanismos fisiológicos de parto e ele passa a ser sinônimo de patologia e de intervenção médica", comenta a jornalista.

Por isso, muitas mulheres acabam acreditando que a cesárea é a melhor forma de dar à luz. "Elas veem nela a possibilidade de um parto sem medo e sem dor, mas a cesárea é uma cirurgia de grande porte que deveria ser utilizada apenas em caso de emergência, para salvar a vida da mãe ou do bebê. A possibilidade de um parto normal deixou de ser prática, mesmo quando essa é a expectativa da mulher", pontua Daniela.




Renata Penna, atriz, escritora e tradutora, explica que a rede Parto do Princípio reúne mulheres que encaram a gestação, o parto e a amamentação como processos naturais, fisiológicos, instintivos, carregados de significado e beleza, e nos quais a mulher pode e deve assumir seu papel de protagonista.

A proposta da rede é oferecer apoio não apenas emocional, mas também prático para que as grávidas possam descobrir a infinidade de possibilidades que a maternidade ativa oferece àquelas que desejam tomar em suas mãos as rédeas de sua vida.

"É preciso, antes de tudo, que cada mulher encontre dentro de si a força e a possibilidade da mudança. E é este que pensamos ser nosso papel: estender a mão a cada mulher que deseje vivenciar sua gravidez ativa e conscientemente e parir de forma natural e transformadora", explica Renata.

Ela ressalta que os ideais e valores que movem a entidade não se baseiam apenas em verdades ou crenças pessoais, mas em evidências científicas, parâmetros médicos e diretrizes determinadas por organismos de credibilidade mundial como a OMS.

Além disso, a essência do trabalho da rede é afetiva. "Deixamos que falem mais alto nossos corações de mulher, gestante e mãe. A nossa bandeira é uma nova forma de gestar, parir e maternar. Partimos do princípio de que toda mulher pode e tem em si a força para fazer sua revolução particular por uma nova forma de nascer e por uma nova maternidade", defende Renata. (AED)

sábado, 2 de abril de 2011

Eu queria ser Obstetriz!!!

por Eleonora Moraes (Doula e mãe de 3 filhos em Ribeirão Preto-SP)


Minha maior verdade hoje é que eu queria ser obstetriz. 
Eu queria ser obstetriz porque minha alma é de obstetriz. 
Minhas mãos são de obstetriz, meu cérebro e coração são de uma obstetriz.
Eu queria ser obstetriz porque eu acredito na capacidade das mulheres de gestar, parir e amamentar com segurança os seus rebentos. 
Eu acredito que obstetrícia veio do obstare, do estar ao lado, da arte do acompanhar, acreditar, cuidar e amparar para que a mulher possa florir seu filho com naturalidade e sabedoria. 
Eu acredito na ciência, na medicina baseada em evidências, em métodos não farmacológicos e apoio humano para ajudar mulheres em seus partos. 

Eu acredito que médicos e enfermeiras são plenamente habilitados para atender as gestações de risco e partos com complicações, porque sim, eles existem.

Eu queria ser obstetriz porque não existem profissionais do parto em minha cidade que sejam parceiros das escolhas das mulheres em seu direito de parir em paz. 

Eu preciso ser um deles!
Eu queria ser obstetriz. E não médica obstetra. 
Não queria ser capacitada para atender gestações de risco, pré-eclampsias, cesáreas, partos de risco, prematuridade. 
Não queria ter minha alma invadida por possíveis complicações e prováveis adoecimentos para aplicar o que sei e conheci na faculdade, para reeducar minhas mãos com força a não intervir sem necessidade.
Eu queria ser obstetriz. E não enfermeira obstérica. 
Porque afinal eu tenho que saber toda enfermagem, oncologia, nefrologias, patologias? 

Porque tenho que saber intervenções milhares para simplesmente me ser legalmente permitido atender gestantes saudáveis, partos normais de baixo risco e oferecer acompanhamento no puerpério de mulheres e bebês saudáveis?

Eu queria ser obstetriz.

Mas no meu país o nascimento humano é tratado como doença e a medicina acredita que parto é um ato médico e a imensa maioria de enfermeiras obstétricas reza esta mesma bíblia. 

No meu país o normal é ter cesáreas e, aliás, somos campeões mundiais nesta modalidade.

Eu queria ser obstetriz.
Mas não o posso ser, porque na minha cidade e em toda região não tem um curso de obstetrícia.

Eu queria ser obstetriz.
Mas talvez nunca o possa ser porque no meu país querem fechar o único curso que existe.

Eu queria ser obstetriz.
E queria que no meu país tivessem muitas obstetrizes, assim como elas existem e fazem imensa diferença na saúde da mulher em inúmeros países deste mundo.

Eu digo NÃO em letras garrafais AO FECHAMENTO DO NOSSO ÚNICO CURSO DE OBSTETRÍCIA da USP – Leste. 

Diga NÃO também! 
Levam só dois minutos para assinar a petição abaixo. 
Faça sua parte.

Manifestação contra o fechamento do Curso de Obstetrícia da USP
São Paulo, 26 de março 2011




















Para assinar a petição: clique em
http://www.abaixoassinado.org/abaixoassinados/8452
Basta nome e RG, mas você também pode deixar uma mensagem de apoio. Não precisa preencher os outros dados.
Assinaturas já recolhidas (8739 na última visita):
http://www.abaixoassinado.org/assinaturas/abaixoassinado/8452/?show=500

Vídeo da Manifestação de apoio ao curso de obstetrícia da USP:
http://www.youtube.com/watch?v=-lq3BqQ6DT0

Reportagem no blog da fotógrafa Bia Fioretti:
http://maesdapatria.wordpress.com/2011/03/27/forca
-obstetriz-uma-essencia-da-profissao/

Grupo de Apoio no Facebook:
http://www.facebook.com/home.php?sk=group_149118918485370

Blog Obstetrizes Já:

http://obstetrizesja.blogspot.com/