quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Seis razões para esperar seis meses para introduzir alimentos


1. O Intestino do bebê precisa estar desenvolvido


Os intestinos são a parte do corpo que filtra, peneirando as substâncias potencialmente perigosas e permitindo os nutrientes saudáveis. Nos primeiros meses, esse sistema de filtração é imaturo. Entre 4-6 meses o revestimento interno do intestino do bebê passa por um processo de desenvolvimento chamado fechamento, onde o revestimento se torna mais seletivo sobre o que pode ou não passar. Para prevenir que comidas potencialmente alergênicas entrem na corrente sanguínea, os intestinos maturando secretam IgA, uma proteína imunoglobulina que age como uma proteção, recobrindo os intestinos e prevenindo a passagem de alérgenos perigosos. Nos primeiros meses, a produção de IgA é baixa (embora tenha muito IgA no leite humano), e é mais fácil assim para que potenciais alérgenos entrem no organismo do bebê. Uma vez que moléculas de comidas entram no sangue, o sistema imune pode produzir anticorpos contra aquela comida, produzindo uma alergia ao alimento. Por volta de 6-7 meses de idade, os intestinos do bebê estão maduros e capazes de filtrar os alérgenos mais ofensivos. Por isso que é tão importante esperar a introdução de alimentos sólidos particularmente se existe uma história de alergia alimentar na família do bebê, o que demonstra uma tendência do bebê desenvolver alergias também, e prestar muita atenção quando oferecer os alimentos aos quais outros membros da família são alérgicos.

2. Bebês jovens tem reflexo de propulsão da língua

Nos primeiros quatro meses a língua tem um reflexo de propulsão para proteger os bebês contra engasgo. Quando qualquer substância incomum é colocada na língua, automaticamente empurra para fora e não para dentro. Entre 4-6 meses de idade esse reflexo diminui gradualmente, dando ao primeiro cereal ou fruta uma chance de entrar no estômago e não ser rejeitado pelo reflexo da língua. Não somente essa parte inicial do trato digestivo (língua, boca) não está pronta para sólidos, como também a parte final (estômago e intestinos) também não estão “prontos”.

3. O mecanismo de engolir do bebê é imaturo

Outra razão para não ter pressa na introdução de alimentos sólidos é que a língua e o mecanismo de engolir podem não estar prontos para funcionar juntos. Dê uma colher de papinha a um bebê com menos de quatro meses, e ele vai mover essa comida ao acaso em sua boca, empurrando um pouco da papinha de volta a faringe onde é engolida, um pouco vai para espaços grandes entre as bochechas e gengivas, um pouco vai pra frente entre lábios e outra para o queixo. Ou seja, o bebê não tem um bom controle da mastigação e a direção para engolir, o que vai ser desenvolvido entre 4-5 meses de idade. Nessa fase o bebe desenvolve a habilidade de mover a comida do começo da boca para o fundo ao invés de deixar a comida flutuar em todo lugar e cuspir boa parte disso. Antes dos quatro meses de idade, o mecanismos de engolir do bebê é feito para trabalhar com sugar, mas não mastigar.


4. Bebês precisam ser capazes de sentar

Nos primeiros meses, os bebês associam comida com carinho. Se alimentar é uma interação íntima, e bebês frequentemente associam o ritual de comer com pegar no sono nos braços ou no peito da mãe. A mudança de um peito suave e morno para uma colher fria, dura, pode não ser bem vinda com uma boca aberta. Dar papinhas ao bebê é uma maneira mais mecânica e menos íntima de “entregar” comida. Requer que o bebê sente num cadeirão de comer, uma habilidade que a maioria dos bebês desenvolvem por volta de 5-7 meses. Segurar um bebê na posição tradicional de mamar não é a melhor maneira de introduzir papinhas, porque seu bebê vai achar que vai ser amamentado e vai achar que algo estar errado e vai provavelmente rejeitar a comida.

5. Bebês novos não são capazes de mastigar

Dentes raramente aparecem antes de 6-7 meses, outra evidência forte de que os bebês muito novinhos são designados para sugar e não mastigar. Nos estágios pré-dentes, entre 4-6 meses, bebês tendem a babar, e a saliva que ele baba é rica em enzimas, que ajudarão a digerir as comidas sólidas que virão em breve.

6. Bebês com mais de seis meses gostam de imitar pais ou quem cuida deles:

Por volta dos 6 meses de idade, bebês gostam de imitar o que vêem. Eles vêem você comer um legume e curtir mastigar isso. Eles querem pegar um garfo e fazer o mesmo.

Por Andreia Mortensen
Moderadora do GVA – Orkut/Facebook

terça-feira, 27 de setembro de 2011

5 meses de Rosa: Coisas que aprendi com minha filha

Nestes 5 meses que Rosa está do lado de fora da barriga tenho aprendido muitas coisas com ela, coisas que julgava impossível de aprender:                              
1 – Eu posso fazer quase tudo com apenas um braço: Quando se tem uma filha pequena muitas vezes é preciso fazer coisas com ela no braço e incrivelmente consigo realizar várias tarefas usando apenas um braço.                                                   

2 – Eu aprendi a arte do Ninjitsu: De duas formas diferentes eu aprendi a ser ninja seja quando ela está dormindo e tenho que arrumar um quarto (ou algo semelhante) no mais absoluto silêncio ou ainda quando estou realizando as tarefas do item 1 sem esbarrar em nada e sem machucar a cria, é uma agilidade fora do normal que você perde tão logo ela sai do seu colo.

3 – Cocô (da sua filha) passa a ser algo normal: Qualquer nojo que você tenha será perdido quando você 
precisar lavar fraldas e roupas com cocô.

4 – Rosa ama fazer cocô em fraldas de pano: Não sei ainda ao certo o motivo (acho que é a lei de Murphy paterna) mas Rosa acorda com fralda descartável, porém basta você trocar a fralda por uma de pano vem o cocô e não importa o que você faça, você pode trocar uma descartável por outra ela vai segurar até o momento de estar com uma fralda de pano.
5 – Ganhei ouvidos super apurados: Eu posso estar no meio de um show de Heavy Metal mas se Rosa estiver no raio de 1 km e der uma choramingada eu vou ouvir e instintivamente correr pra ver o que está acontecendo, em geral ela está sorrindo e/ou tentando chupar o dedão do pé.

6 – Um sorriso muda meu humor imediatamente: Tudo que me deixaria de mau humor é minimizado por um sorriso de Rosa, dia de trabalho estressante, derrota do Vasco, topada, chute no saco... tudo é esquecido com um simples sorriso banguela de Rosa.

7 – Virei repentista: Para fazê-la dormir ou simplesmente agradá-la em um momento de choro tudo virou motivo de música, do cotidiano ao pato de borracha tudo agora é musicável. Já criei um refrão para dormir (as estrofes invento na hora) e uma musiquinha pra quando ela tá estressadinha (geralmente por saudade da mãe).

Aprendi muita coisa com minha pequena filha, sobretudo que a felicidade é algo muito simples e que tudo se resolve com um sorriso e um chamego.